Efémero
A minha amada estendeu-me a mão esquerda,
E ofereceu-me um pedaço de Sol
Como se fosse a sua própria alma.
O resto do Sol chegava ao ocaso.
Eu pensei: “Como vai ser breve, este momento!”
Mas aquele dia não anoiteceu ainda.
Orvalho
A minha amada é bela como as rosas orvalhadas,
E tem a pele mais suave que as suas pétalas.
Oh, como estou longe agora da minha amada!
Não posso ver a luz nos seus olhos
Nem sentir a maciez do seu corpo.
O orvalho nas rosas são lágrimas.
6 comentários:
O efémero é a gota de orvalho que cai em nós,tornando-nos,muitas vezes,eternos romeiros do (de um ) sonho que insiste em prosseguir viagem até o crepúsculo sorrir...
Abraço,Daniel!
Pois é, Eduarda, "a vida é feita de pequenos nadas", e cada um deles é o efémero que a memória pode tornar eterno.
Um abraço.
Daniel
O que nunca será efémero são as tuas palavras, Daniel, tão orvalhas pela tua mão direita que, o que nos nos ofereces, são"pedaços de Sol/Como se fosse a tua própria alma."
Sempre que te leio, sei que não há profanação em nada de ti, porque és cativo da tua ilha, ela também a tua musa inspiradora.Ou será a tua amada?
É tão bom ter-te à mão de «netear» meu amigo!
Um enorme abraço!
Ibel, nós somos feitos com pedacinhos de vida aprendidos ou vividos por por onde andámos e com os amigos que temos. E já tens um bom quinhão naquilo que me define como pessoa. Embora continues a exagerar quando me classificas. Mas, como costumo dizer, dos exageros bons a gente gosta.
Obrigado.
Um abraço.
Daniel
Poesia e memórias de um tempo em que na terra de Ahmed Ben Kassin as avenidas eram iluminadas, os cérebros abertos e os amores aprazíveis...
Abraço
Pois é, Samuel, as avenidas tornaram-se palco de manifestações tresloucadas, o cérebros quase morreram, os amores tornaram-se em ódio, até contra a mulher, a mítica mulher dos nossos trovadores.
Daniel
Enviar um comentário