tag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post7410400604113230881..comments2023-08-08T23:45:32.883+00:00Comments on O Espólio: Um Poeta da nossa casa (paráfrase sobre um poema de Emanuel Félix)Daniel de Sáhttp://www.blogger.com/profile/03309448619010346654noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-71818892027758009802010-03-28T23:13:12.865+00:002010-03-28T23:13:12.865+00:00Ó Vovó, obrigado. E eu hoje, além da sua companhia...Ó Vovó, obrigado. E eu hoje, além da sua companhia aqui, tenho o privilégio de ter connosco cá em casa as nossas duas netinhas. Dos netos só falta o que obriga a dizer "netos" o conjunto das duas netas mais ele.Danielhttps://www.blogger.com/profile/02469893504883503172noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-37896574103713022422010-03-28T19:07:05.233+00:002010-03-28T19:07:05.233+00:00fui... sou uma priviligiada! a vida tem sido muito...fui... sou uma priviligiada! a vida tem sido muito generosa comigo. até a encontrar "Espólios"! :)<br /><br />beijocasssss<br />vovó Mariavovóhttps://www.blogger.com/profile/09807219425382196578noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-86806821148868066772010-03-28T09:45:02.809+00:002010-03-28T09:45:02.809+00:00Vovó Maria
Então foi uma privilegiada. Um Homem pa...Vovó Maria<br />Então foi uma privilegiada. Um Homem para deixar fortes saudades mas também recordações tão belas como a sua própria alma.<br />Um forte abraço, Amiga.<br />DanielDanielhttps://www.blogger.com/profile/02469893504883503172noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-40244919096617922312010-03-27T06:39:38.919-01:002010-03-27T06:39:38.919-01:00Emanuel!
meu Amigo, desde a minha primeira adolesc...Emanuel!<br />meu Amigo, desde a minha primeira adolescência. meu Mestre, meu vizinho (porta com porta), meu campanheiro de muitos e muitos serões de poemas, de cantigas, de conversas. de caminhadas ao Monte Brasil... um Homem e um Poeta Maiores!<br />Obrigada Daniel (também pelo abraço! :)...)<br /><br />vou passando por aqui, sem fazer alarde...<br />beijocasssss<br />vovó Mariavovóhttps://www.blogger.com/profile/09807219425382196578noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-31143830205357436052010-03-25T22:25:05.148-01:002010-03-25T22:25:05.148-01:00Francisca e Mafalda
Que bonito, o vosso comentário...Francisca e Mafalda<br />Que bonito, o vosso comentário!<br />É isso mesmo, queridas amigas.<br />Beijinhos.<br />DanielDanielhttps://www.blogger.com/profile/02469893504883503172noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-13276028692468655232010-03-25T21:41:15.160-01:002010-03-25T21:41:15.160-01:00Daniel,
A generosidade do amigo ao amigo generoso...Daniel,<br /><br />A generosidade do amigo ao amigo generoso.<br /><br />Deve ser muito bom ter um destes amigos para a vida. Daqueles que seja qual for a distância ou o espaço, não se esquecem nunca, tais são as raízes fincadas no nosso coração.<br /><br />Beijinho<br /><br />Francisca e MafaldaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-31756577171207150532010-03-24T00:31:22.258-01:002010-03-24T00:31:22.258-01:00Isabel
Sem o poema do Emanuel o meu não teria qual...Isabel<br />Sem o poema do Emanuel o meu não teria qualquer valor. Nem sequer teria existido.<br />José Fernando<br />É óbvio que se trata desse mesmo. Obrigado por o teres trazido. Este e o sublime "Queen Nancy", do Vasco Pereira da Costa, são talvez os poemas que mais vezes li.. Vou lendo, aliás. Ah, e a "Cantiga partindo-se", do João Roiz Castelo Branco.<br />Samuel<br />Era isso mesmo, Samuel. <br />Três abraços. E um quarto, para a "fonte segura" do Samuel.Danielhttps://www.blogger.com/profile/02469893504883503172noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-32695934586013326312010-03-24T00:08:02.768-01:002010-03-24T00:08:02.768-01:00Não conheci pessoalmente, mas sei de "fonte s...Não conheci pessoalmente, mas sei de "fonte segura" que era uma grande figura, um enorme ser humano, um imenso amigo.<br /><br />Abraço.samuelhttps://www.blogger.com/profile/17794176524988723732noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-50713209836734803002010-03-23T00:14:31.656-01:002010-03-23T00:14:31.656-01:00Daniel,penso que a publicação do poema que baseast...Daniel,penso que a publicação do poema que baseaste a tua paráfrase, é esclarecedor da genialidade de ambos e que na tua soberba recriação, revelas duma maneira surpreendente os laços da verdadeira afectividade que vos unia.<br />«(De vez em quando<br />Deus tem momentos de generosidade como este:<br />Repete o Seu gesto criador do sexto dia<br />E dá-nos, sem que o saibamos merecer,»<br />HOMENS ASSIM.<br />Exemplo genial de paráfrase. <br />Um abraço.<br />José Fernando.<br /><br />AS RAPARIGAS LÁ DE CASA <br /><br />Como eu amei as raparigas lá de casa<br /><br />discretas fabricantes da penumbra<br />guardavam o meu sono como se guardassem<br />o meu sonho<br />repetiam comigo as primeiras palavras<br />como se repetissem os meus versos<br />povoavam o silêncio da casa<br />anulando o chão os pés as portas por onde<br />saíam<br />deixando sempre um rastro de hortelã<br />traziam a manhã<br />cada manhã<br />o cheiro do pão fresco da humidade da terra<br />do leite acabado de ordenhar<br /><br /><br />(se voltassem a passar todas juntas agora<br />veríeis como ficava no ar o odor doce e materno<br />das manadas quando passam)<br />aproximavam-se as raparigas lá de casa<br />e eu escutava a inquieta maresia<br />dos seus corpos<br />umas vezes duros e frios como seixos<br />outras vezes tépidos como o interior dos frutos<br />no outono<br />penteavam-me<br />e as suas mãos eram leves e frescas como as folhas<br />na primavera<br /><br />não me lembro da cor dos olhos quando olhava<br />os olhos das raparigas lá de casa<br />mas sei que era neles que se acendia<br />o sol<br />ou se agitava a superfície dos lagos<br />do jardim com lagos a que me levavam de mãos dadas<br />as raparigas lá de casa<br />que tinham namorados e com eles<br />traíam<br />a nossa indefinível cumplicidade<br /><br />eu perdoava sempre e ainda agora perdoo<br />às raparigas lá de casa<br />porque sabia e sei que apenas o faziam<br />por ser esse o lado mau de sua inexplicável bondade<br />o vício da virtude da sua imensa ternura<br />da ternura inefável do meu primeiro amor<br />do meu amor pelas raparigas lá de casa<br /><br />Habitação das Chuvas (1997)jvnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-88747232215662422010-03-22T20:37:30.769-01:002010-03-22T20:37:30.769-01:00"Como se nascesse nos seus versos
..."Como se nascesse nos seus versos<br /> O canto mudo da nossa casa nove vezes calada, <br /> Nove vezes cercada antes da própria fala.<br /> Nulo é o chão sob os seus pés<br /> Que anunciam a paz enquanto se ouvem palavras<br /> Tão suaves como todos os silêncios.<br /> E fica um rastro suave de bondade,<br /> Como um cheiro de pão quente<br />E de leite acabado de ordenhar."<br /><br />Comentar às vezes estraga,sobretudo quando o canto nos emudece de espanto e nos enriquece para a aventura de novas palavras, ilhas por descobrir.Ibelhttps://www.blogger.com/profile/08488420320812870926noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-25697929384222999752010-03-22T10:16:02.313-01:002010-03-22T10:16:02.313-01:00Oh, Daniel, eu li e senti que a "concha nove ...Oh, Daniel, eu li e senti que a "concha nove vezes repetida" seria o útero de sua Mãe, mas afinal eu estava um pouco longe da tua intenção já que seria a casa materna. <br /><br />No fundo, sabemos que qualquer obra de arte é concluída pelas interpretações de quem a frui. <br />Neste caso poderíamos concluir que a imagem que "achaste" deu azo a pelo menos 2 leituras: a tua e a minha. Não está mal, pois não?Mar de Bemhttps://www.blogger.com/profile/08088269814141876167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-7317452627335847922010-03-21T22:56:54.388-01:002010-03-21T22:56:54.388-01:00Margarida
Do Emanuel só guardo uma única mágoa. A ...Margarida<br />Do Emanuel só guardo uma única mágoa. A de ter morrido. E por descuido em tomar os medicamentos para a diabetes.<br />Era uma alma imensa. Não sendo muito mais velho do que eu, tinha uma relação comigo como que de irmão e pai ao mesmo tempo. O quanto eu o admirava está expresso neste poema, uma das poucas coisas minhas que me atrevo a considerar como tal, embora nitidamente, como confesso, inspirado em poemas seus. Ou por isso mesmo, aliás.<br />Na última entrevista que ele deu (ao Sidónio, na RDP/Açores) o Sidónio leu-lho. <br />(A casa como concha é um eco de outro poeta terceirense, o Nemésio.)<br />Um abraço.<br />DanielDanielhttps://www.blogger.com/profile/02469893504883503172noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2359592506641990252.post-31100822677284229952010-03-21T21:49:43.861-01:002010-03-21T21:49:43.861-01:00"Como eu amei as raparigas lá de casa
discret..."Como eu amei as raparigas lá de casa<br />discretas fabricantes da penumbra..."<br /><br />tem um toque de sensualidade imanente no seu todo... e é Emanuel Félix.<br /><br />Agora Daniel:<br /><br />Agora, Daniel, acho engraçado como pegaste nisto duma forma tão cheia de expressão amiga. Tu gostas mesmo dele, para o homenageares desta maneira tão sincera e bonita, pondo em evidência sua Mãe, "concha nove vezes repetida" - linda esta imagem!!! Foste muito feliz e nós todos ganhamos com isto! Obrigada por mais esta beleza.Mar de Bemhttps://www.blogger.com/profile/08088269814141876167noreply@blogger.com